Cemitério alagado deixa moradores de “Mussum Mago” no Valentina indignados

terça-feira, 26 de maio de 2009

Se morar em periferia é ruim pelo simples fato do total abandono do poder público, imagina ser enterrado no local como este. O cemitério da comunidade do “Mussum Mago” no Valentina Figueiredo encontra-se totalmente abandonado pela administração do prefeito Ricardo Coutinho, revelando um total desrespeito com entes queridos enterrados naquela comunidade.



Moradores da comunidade de “Mussum Mago”, no Valentina Figueiredo estão revoltados com a situação do cemitério, que devido o excesso de chuva o local está inundado. Alguns túmulos estão debaixo d’água e até a data de hoje ninguém da prefeitura de João Pessoa, apareceu no local.

A diarista Maria da Conceição, disse ao Blog do Clilson que em um mesmo dia, recebeu as duas notícias que considera as piores de sua vida. Que a mãe havia falecido e que o enterro não seria no cemitério da comunidade porque os túmulos estavam cheios d’água.

O cemitério inundado fica localizado numa área mais baixa. Como no entorno há muitas construções desordenadas, o local se tornou destino certo para a água que fica empoçada. Alguns. As covas abertas há poucos dias ficaram inutilizadas. O solo se tornou tão úmido que a forma dos sepultamentos precisou ser modificada. Segundo um morador, a partir de agora será preciso construir uma base porque não dá para fazer cova no chão raso.

Josuelito da Silva, técnico em refrigeração disse que a recomendação oferecida pela prefeitura 10 mil moradores daquela área, e que procurem outros cemitérios para enterrar os parentes. O corpo do sogro da dona de casa Marina Ferreira, teve que ser levado para o cemitério do Cristo Redentor.


Para os moradores, que se apresentam como “pessoas humildes”, isso é uma falta de respeito com os mortos.

PREFEITURA DE JOÃO PESSOA

Essa não é a primeira vez que a Prefeitura de João Pessoa se envolve em caso inusitado com pessoas falecidas. Em 2007 a Secretaria de Desenvolvimento Urbano do Município deu prazo de 30 dias, a contar do dia 10 de maio, para que famílias providenciassem a retirada de restos mortais de defuntos que foram enterrados em três cemitérios da cidade.

A medida atingiu mais de 412 cadáveres que estavam em covas rotativas da Capital, dispostos nos Cemitérios do Cristo Redentor, São José e Santa Catarina. A determinação foi registrada em edital de convocação 003, assinado por Ivan Burity, e publicado no Semanário Oficial do Município, edição 4 a 10 de maio de 2007