Pra você gostar de mim

domingo, 18 de outubro de 2009

Recebi várias ligações na tarde de ontem. Tava deitadinho em uma rede “verde cássio”, cena testemunhada por Luís Tôrres que visitou minha residência. Todos comentando a pesquisa do IBOPE. Entre as ligações de ricardistas, ciceristas e maranhistas, eu havia preparado a mesma resposta para essa trincha de pessoas que dia e noite sonham e consomem política na Paraíba: -

É, foi muito boa essa pesquisa para XXXXXX !


O tal XXXXXXXX foi Ricardo, Cícero e Maranhão. A pesquisa foi muito boa para os três. Eu sou lá doido para me aprofundar em números. Disse isso a Tony Show pelo telefone: - Não somos políticos e isso não é time de futebol para se vestir a camisa e sair pelas ruas feito um mongolóide brigando. Quem fez isso, a história nunca perdoou.

Durante a noite veio na cabeça a musica do mestre Vital Farias. Pra você gostar de mim. Essas pesquisas são assim. Desempenham seus papéis neste pré processo eleitoral de forma bem clara. Para quem tem rádio, televisão, jornal, portal ou qualquer meio de comunicação, funciona como negócio. Negócio de milhões. Para jornalistas, radialistas e todos os “istas” do meio, funcionam como notícia e para quem está na disputa, ou seja, o Cícero, a Lourdes, o Ricardo, Maranhão e Cia, tendem a ser elemento de campanha e com imediatas estratégias.

Os números do IBOPE são sérios e científicos. 38% para Ricardo, 37% para Maranhão e 14% para Cícero. Prova que Ricardo existe e muito bem, e seu nome reclete de Cabedelo a Coxixola. O xis da questão que me alimenta desde ontem, diz respeito à interpretação dada a esses números. Na interpretação que está o miolo que vale milhões dos orçamentos de comunicação do estado e da prefeitura(s), pois um lado dirá que os números servem como retrato do instante com serventia apenas para averiguação da "temperatura" do processo político e o outro vai tentar dizer que se tratar de pura manipulação do voto.

A verdadeira função dos números do IBOPE de ontem, estará nos dados e interpretações sócio-política que durante a semana a mídia competente, reverbará. Não deve existir nenhuma dificuldade dos candidatos em desvantagem, querer dialogarem com números adversos. Será preciso muita competência para se destruir a denominada "produção de opinião adversa" que surgirá a partir destes números. Um dado que todos concordam hoje, diz respeito e é sempre bom está na diateira na reta final. O dado interessante é que o jogo nem que começou ainda.

Na Paraíba existe uma supervalorização na percepção pesquisa influenciam os eleitores. Se fosse verdade, veríamos que aquele candidato que aparecia na frente no início de outras campanhas, teria vencido os pleitos, o que na maioria de todos os casos eleitorais deste estado, isso jamais ocorreu. Pesquisa não influencia eleitor.

Bestas, burros, otários e ignorantes serão os que, imbecilmente se recusarem a pensar no papel destas sondagens.

Vou comprar mais dois Ibopes
Um prá Mara outro pra Cí
Mas isso não constrói nada
Porque o que você precisa
Não se pode comprar
Porque o que você precisa
Não se encontra num bar
Porque o que você precisa
É muito sim é muito singular
Eu sou teimoso
Eu vou comprar, mais dois IBOPES.