Ricardo e Maranhão nas ruas...

domingo, 18 de julho de 2010

Hoje tive a primeira sensação de que a verdadeira campanha começou de verdade. Todos sabem que a opinião pública (leia-se povo) tem sido cética para dar respostas imediatas, pois as coordenações que tomam conta das campanhas de Ricardo e Maranhão julgam ser simplesmente uma promoção cara, essa coisa de juntar a militância para impressionar o povo neste início de campanha. Nesse primeiro dia pude perceber que “povo” mesmo, aquele cidadão que sai de casa naturalmente para prestigiar o evento político, não aconteceu nem na fraca caminhada de Ricardo Coutinho pelas ruas de Santa Rita, nem na de Maranhão na Josefa Taveira, em Mangabeira.

Em decorrência desse fato, as agências e os marqueteiros destas duas campanhas hão essa hora de perceber que não é suficiente utilizar a divulgação ou comunicação, que no vocabulário de Marketing é denominada de promoção, para alavancar o voto ou pelo menos a simpatia.

Como não poderia avaliar a impressão que poderia ter sem ir “in loco” nas duas manifestações, assim fiz. Sai logo cedo em direção a Santa Rita para ver Ricardo Coutinho na terra dos canaviais, para depois voltar por Mangabeira e sentir a receptividade ou não de Maranhão na cidade de João Pessoa.

Aqui vão as impressões que tive.

RICARDO EM SANTA RITA

Deve estar acontecendo alguma coisa na coordenação da campanha de Ricardo Coutinho. Deixa a impressão de desorganização total. Numa linguagem fácil, lembra aquelas mobilizações de campanha para vereador onde Ricardo fazia suas intervenções nos sinais de João Pessoa. Contando nos dedos, deveria ter no máximo 60 pessoas. Sem roteiro, meio solto e na base do esforço de um Ricardo Coutinho que não desiste fácil.

Notei a ausência de Cássio Cunha Lima, já que havia sido anunciado nos releases. Vi Efraim e Carlos Antônio, suados e conquistando espaços.

Nota 4 para quem organizou. Sugestão: Todas as mobilizações deveriam ter a partir de agora, o número máximo de candidatos que fazem parte da coligação, pois uma ação em Santa Rita, um dos maiores colégios eleitorais da Paraíba, a impressão que fica é de uma campanha que em seu início não empolga.


MARANHÃO EM MANGABEIRA

Povo mesmo não tinha. Não vi. Não contei e nem enxerguei aquele cidadão que sai de casa para ver seu candidato. Diferente de Ricardo, Maranhão teve uma capacidade de mobilização dez vezes maior neste primeiro dia. Tudo que não teve na ação de Ricardo em Santa Rita, foi possível ser notado em Mangabeira. É como se Maranhão dissesse a cada candidato que disputa um vaga no Senado, na Câmara e na Assembleia: “Vá para Mangabeira e leve seu povo”. Parece que todos obedeceram, pois na entrada do Bairro era possível contar a quantidade de carros importados vindos de outros bairros para, depois de estacionado, caminhar com Maranhão por quase três quilômetros. Como sou exímio contador de multidões, calculo que umas 300 pessoas participaram da caminhada do início ao fim.

Nota 6 para quem organizou e como sugestão, acho desperdício caminhadas tão longas. Prefiro várias ações no mesmo dia, estilo relâmpago e por toda a cidade. A resposta é mais satisfatória.

CONCLUSÃO

A campanha começou, a disputa está na rua e quem errar menos, leva, pois um esforço planejado para se cultivar a atenção, o interesse e a preferência de um mercado de eleitores são o caminho seguro para o sucesso de quem deseja vencer na política. Outra coisa, o principal desafio dos candidatos está na conquista dos votos dos eleitores “desinteressados” que se multiplicam no dia a dia.

Depois eu volto!



O QUE CIRCULA NA INTERNET???


Os bens de Ricardo Coutinho

♫ Eu sou pobre, pobre, pobre ♫ . Lembra desta canção? Sem problemas. Não tenho imóvel próprio (moro numa casa que foi doação de minha sogra para filha dela, minha esposa). Não possuo empresas, ações, poupança, investimentos, terras, ouro, dólares ou jóias.

Nunca caí na malha fina da Receita Federal. Não tenho bens e também não tenho dívidas. Sou um Zé ninguém mesmo.

Creio que político algum possa enriquecer ou ter bens de uma hora para outra, na base dos subsídios que ganha, mesmo que o iluminado receba muito além da média do povo brasileiro.

Quem fica rico , que se explique.

Agora, vamos observar alguns detalhes que seria cômico se não fosse imoral.

Vamos analisar o senhor Ricardo Coutinho, candidato ao governo do estado da Paraíba. Ele não é mágico, não é nenhum David Copperfield, mas tem o dom de fazer seus bens diminuírem assustadoramente.

Como eu vou explicar aos meus filhinhos que o Apartamento de Ricardo Coutinho valia (segundo ele mesmo havia declarado em 2008 à justiça eleitoral) R$ 180 mil reais, e agora, depois de um sonoro e mágico “plim” o apê só vale R$ 80 mil reais? Nem casa em Mangabeira existe por esse valor.
Como devemos acreditar que a sua fazendinha em Bananeiras com 60 mil metros quadrados, que valia R$ 20 mil reais (segundo ele mesmo havia declarado em 2008 à justiça eleitoral) agora só vale R$ 7.347,60 (sete mil trezentos e quarenta e sete reais e sessenta centavos). Nem chão em favela se pode comprar com esse valor.

Viva a democracia !