Prefeitura de JP demite 74 ginecologistas e obstetras!"

sábado, 24 de maio de 2008

OFÍCIO 1317/2008 - ROSEANA MEIRA COMUNICA O DESLIGAMENTO DOS MÉDICOS
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"Médicos deixam Maternidades Cândida Vargas e Santa Maria a partir do dia 1º de junho"

A partir do dia 1º de junho, as maternidades “Cândida Vargas” e “Santa Maria” não contarão mais com serviços médicos prestados por obstetras e ginecologistas contratados através da Cooperativa médica. A saída dos profissionais é consequência da demissão anunciada através deste documento exclusivo que o Blog do Clilson teve acesso. Trata-se de um aviso frio encaminhado pela secretária municipal de saúde, Roseana Meira no último dia 16, onde determina a rescisão dos contratos com o governo municipal neste dia 31.

Se não houver um acordo até lá, essas duas maternidades ficarão sem profissionais médicos de mão de obra qualificada. De acordo com a presidenta da COOPAGIO-PB, Drª Yara Villar Carvalho, o atendimento especializado de urgência e emergência de gestantes será gravemente prejudicado a partir do dia 1º de Junho. “Estamos bastante preocupados. Não sei como a população vai ficar a partir de Junho. Os obstetras e ginecologistas das Maternidade Cândida Vargas e Santa Maria, que são os grandes responsáveis pelos atendimentos especializados da grande João Pessoa, estão sendo desligados pelo governo municipal e não sabemos o que pode acontecer." ressaltou a médica.

Ela explicou que é necessário que o prefeito Ricardo Coutinho e a Secretária da Saúde do Município de João Pessoa se reúnam e cheguem a um consenso para se evitar uma situação caótica: “A grande questão é que, até agora, nenhuma das autoridades competentes se pronunciou para resolver a situação”, completou Drª Yara Vilar.

Drª Yara avisa que a cooperativa médica foi legalmente contratada com base na Constituição Federal e nas orientações do Ministério da Saúde. “Não entendemos como uma questão que necessita de um debate jurídico mais amplo poderá subitamente penalizar a população mais carente que nessecita parir seus filhos nas maternidades públicas e os médicos que querem trabalhar” . Desabafou.

O Blog do Clilson conversou com uma médica que presta serviço a prefeitura de João Pessoa desde 1995 na maternidade Santa Maria em Mangabeira, e que foi demitida por este ato. A Drª XXX, que prefere não se identificar desabafou:

“ Temos assistido a alguns anos a deterioração de um sistema e modelo de saúde já inadequado e falido, que tem levado a nós médicos sacrifícios extremos no exercício de nossa profissão, com reflexos danosos e imediatos sobre a população usuária de nossos serviços. Nossos hospitais e maternidades estão trabalhando com uma sobrecarga de atividades que inviabiliza um atendimento digno e seguro às pessoas que os procuram. O resultado é uma medicina de baixo padrão e alto risco para pacientes e profissionais aliado a baixa remuneração e a falta de treinamento das equipes torna o quadro ainda mais dramático. Queremos deixar claro o caos onde estamos trabalhando; salas de espera superlotadas, pacientes e familiares aflitos, pré-partos e enfermarias com capacidades esgotadas, pacientes em macas e cadeiras, profissionais sobrecarregados, estressados e cansados, uma verdadeira batalha e um caos generalizado que põem em risco pacientes e profissionais por motivos óbvios. Além disto,continuamos a assistir a chegada a nossos serviços de ambulâncias lotadas de pacientes de cidades circunvizinhas, do interior e até de outros estados cujos agentes políticos ao invés de investirem em salários e condições de trabalho para os profissionais de saúde de seus municípios, preferem a pratica desumana e demagógica da "ambulancioterapia" o que nos sobrecarrega ainda mais."

Somente a maternidade Cândida Vargas neste mês de maio deverá registrar 900 partos. Sozinha ela atende a 80 cidades da Paraíba, Rio Grande do Norte e Pernambuco. Com a demissão deste 74 médicos o sistema deverá entrar em colapso.


Este material pode ser reproduzido parcialmente e/ou integralmente desde que citado o Blog como fonte. Você também pode ser fonte do Blog do Clilson, entre em contato conosco pelo e-mail clilsonjr@gmail.com ou pelo fone: (83)8849-5662.

Enriquecimento Ilícito? Senador José Maranhão na Istoé!


DECLARAÇÃO Os documentos entregues pelo senador José Maranhão mostram o enriquecimento e determinam o valor de R$ 0,00 a quase 30 mil cabeças de gado

Durma trankilo com esta informação: Deu na Istoé de Hoje!

Senador José Maranhão (PMDB-PB) tem questionada variação patrimonial de 580% entre 1998 e 2006

Nos próximos dias a Associação Nacional de Defesa da Administração e do Erário Públicos, do Meio Ambiente, do Consumidor e do Cidadão da Paraíba (Andar) fará uma reunião para definir o encaminhamento ao Ministério Público de denúncia contra o senador José Maranhão (PMDB-PB). Tendo como base as declarações de renda apresentadas pelo próprio senador à Justiça Eleitoral, a entidade entende que houve enriquecimento ilícito do parlamentar, que teria aumentado seu patrimônio em cerca de 580% entre 1988, ano em que se elegeu governador da Paraíba, e 2006. Em outubro do ano passado, a Andar apresentou a mesma denúncia à Corregedoria do Senado, mas a representação acabou arquivada. “O caso foi arquivado porque houve o entendimento de que a representação só poderia ser feita por partido político. Esse arquivamento, portanto, não pode ser visto como salvo-conduto do senador”, diz o presidente da Andar, João Batista Machado Alves Júnior. “Esse exorbitante aumento patrimonial certamente não se deu por conta da remuneração percebida pelo exercício dos cargos públicos”, afirma Alves Júnior, na representação entregue ao Senado.

Os documentos apresentados por Maranhão à Justiça Eleitoral mostram que em 1988 ele possuía um patrimônio avaliado em R$ 2,1 milhões. Em 2002, depois de governar a Paraíba por quatro anos, Maranhão se elegeu senador para um mandato que só termina em 2011. Na ocasião, apresentou uma declaração de bens com o patrimônio avaliado em R$ 6,4 milhões. Em 2006, Maranhão voltou a se candidatar ao governo do Estado e acabou derrotado pelo tucano Cássio Cunha Lima. No documento entregue à Justiça Eleitoral, ele afirmou ser o dono de um patrimônio avaliado em R$ 7,4 milhões. “O problema é que, além da enorme variação patrimonial, o senador relaciona ser o proprietário de 28.290 cabeças de gado, não contabilizadas em reais”, afirma Alves Júnior. Segundo ele, se for dado a esse gado o valor de mercado, o patrimônio de José Maranhão saltaria para R$ 35,3 milhões.

O senador afirma que vem de família rica e que seus bens têm origem definida e lícita. A Andar e aliados do governador Cunha Lima, no entanto, afirmam que não estão questionando a riqueza do senador, mas sim a variação de seu patrimônio e também o fato de ele ter zerado o valor do gado que está distribuído por 11 fazendas na Paraíba e em Tocantins. Sobre o valor zero dado às quase 30 mil cabeças de gado, Maranhão afirma que não o fez na declaração à Receita porque não havia espaço para declarar o valor, mas que o fato seria corrigido oficialmente.