Rouba e faz, nunca mais!

terça-feira, 20 de julho de 2010

Minha avó “Ana” tem 97 anos e está vivinha da silva. Mora em Cacimba de Dentro. Ontem tive mais uma oportunidade de ouvir sua sapiência singular. A certa altura do papo ela saiu com a seguinte frase para me confrontar do argumento que defendia, que as vezes erramos, mas a intenção era a melhor. “O inferno está pavimentado de boas intenções”.


Esta frase de “Mãe Ana” caiu como uma luva para contextualizar o debate sobre os políticos “Ficha Suja” que ganhou grande apoio no país. Ainda não tinha visto ninguém em sã consciência por este Brasil afora ter a cara de pau de defender ficha suja, político condenado ou qualquer similaridade desta tralha que deveria ser banido, não por oito anos, e sim por 100. A condenação de que tem “Ficha Suja”, deveria ser vitalícia.

Se é para moralizar a política desse País, e a Lei diz que é proibido que políticos condenados (em segunda instância) concorram a um mandato eletivo, que sigam o que diz a Lei.

Fico abobalhado ao saber que haverá um “Ato Público” em defesa de quem tem a “Ficha Suja”, sobre o argumento imoral que cabe ao povo decidir. Isso é imoralidade. Lembra muito aquele viés de Maluf, que dizia que era o bam-bam-bam porque roubava, mas fazia.

É o fim da picada. Não tem luz no fim do túnel mesmo.

Aproveitem e levem a manifestação, óleo de peroba, pois para quem acredita que está tudo bem, digo que não está tudo bem. Primeiramente roubar, fraudar, malversar é um ato contra a Lei, conduta não compatível com uma função pública. Se a intenção de quem tem a ficha suja era fazer o bem para sociedade, teria sido mais digno que fizesse de maneira legal, não transgredindo nenhuma regra moral nem jurídica.

Tudo é muito bonito, mesmo que na pratica, os políticos, usam a lei para benefício próprio ou de poucos.

Amanhã não poderemos perder a capacidade de se indignar, pelo menos, antes que seja tarde. O povo tem que decidir sim, pelo político honesto!

Sou contra políticos corruptos, mas qualquer tentativa de assegurar "o bom caminho" por manifestações a favor de quem errou, não passa de um ato fascista - ainda que movida pela boa vontade.