Desistir é coisa de covarde?

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Certo dia fui até a casa do senador Cícero Lucena no Bessa. Naquela mesa da cozinha perguntei na frente de Lauremília, se aquilo tudo não passava de um jogo combinado entre o senador e Cássio Cunha Lima para dividir a situação, tendo em vista que Ricardo Coutinho, vinha de união estável nos últimos seis anos com José Maranhão e diante da possibilidade de uma chapa formada por Maranhão/Vené/Ricardo, não restaria outra saída para a oposição, senão, declarar o jogo de outubro como “W X O”.

Deixa-me explicar. Quando Cássio jogou bola de gude com óleo diesel para Cícero patinar, eu achava que aquilo era um jogo de cena de raposas velhas para fabricar um suposto racha e atrai Ricardo, para depois fragilizado, só jogá-lo na lata do lixo do esquecimento. Daí minha pergunta ao senador se não era jogo de cena.

A resposta que tive, olhando olho no olho, foi um não bem redondo acompanhado de um pode confiar em mim. Confiei sim. E continuo confiando. Daí que não acredito na remota possibilidade de desistência, tão plantada e anunciada, que o senador deverá tomar, com data anunciada para a próxima sexta feira.

Não tenho relação de trabalho com Cícero, nem tão pouco de assessor, pois nunca fui. Tenho apenas respeito, pois sempre fui respeitado, podendo assim afirmar que a recíproca até hoje, foi verdadeira.

Cícero desistindo seria um ato de covardia, um papelão. Porque não fez isso no início desta crise?

Não acredito em hipótese alguma que nesta sexta-feira Cícero tome a iniciativa de anunciar que vai desistir para ajudar Serra. Como ajudará Serra, deixando a Paraíba sem palanque? Quem do PSDB nacional confia em Cássio Cunha Lima? A retórica de Cássio nas ultimas eleições presidenciais foi registrada por traições. Cícero não vai desistir. E se desistir, quero encontrá-lo cara a cara para dizer apenas a seguinte frase do escritor americano Norman Vincent Peale:

O covarde nunca começa, o fracassado nunca termina, o vencedor nunca desiste”.