BAIXO PREÇO DA GASOLINA PODE ESTÁ ESCONDENDO UM BARRIL DE PÓLVORAS

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Lavagem de dinheiro, combustível adulterado ou tanques clandestinos. Essas três hipóteses podem formar o tripé que tem sustentado a aplicação de preços predatórios dos combustíveis, em especial a gasolina, que tem sido a vilã desta novela. Quem admite é o próprio Secretário de Estado da Receita, Milton Soares.

Para passar a limpo essa possibilidade, auditores fiscais recolheram amostras de gasolina em 25 postos diferentes de combustível, em João Pessoa, que serão analisadas pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte, cujo resultado pode sair até sexta-feira, 10, e será encaminhado à ANP para adotar as devidas providências.

A coleta das 25 amostras foi feita na última semana de setembro e início de outubro e esse trabalho dos auditores se estenderá pelo Estado nas próximas semanas a fim de coibir todo e qualquer tipo de abuso. A questão em pauta, segundo Milton Soares, não é contra os empresários. Ele afirma que sabe da integridade e lisura de muitos proprietários de postos de combustível, mas o sentido maior é a defesa do consumidor.

A desconfiança da Receita Estadual, que tem convênio com a ANP - Associação Nacional de Petróleo, é baseada em função dos preços praticado no mercado, em alguns casos, abaixo do valor adquirido nas distribuidoras, o que gerou denúncias encaminhados àquele órgão.

Os preços predatórios, na opinião de Milton Soares, podem resultar em crimes. Existem três possibilidades de se cometer crime contra o consumidor: anexar mais álcool do que os 25% especificados pela ANP, misturar solvente ou água, o que não é permitido em hipótese alguma, explica Milton Soares, acrescentando que existem denúncias neste sentido e, por isso, está sendo feita a constatação.