Em João Pessoa quem não é Coutinho, é Coitadinho !!!!

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Dizia o velho Clilson que essa administração, às vezes e em alguns aspectos faz lembrar Hamlet: uma semelhança que age na loucura real e na loucura fingida, do sofrimento opressivo à raiva fervorosa. Este jeito de governar para meu pai era um fotograma, não de paisagem bucólica, mas da realidade perversa, da maldade crescente e da loucura entediante.

Ricardo Coutinho está certo. Contratar “Cori-Coutinho” é legal.

Ricardo se apega a tal súmula vinculante que ocorreu a partir do julgamento de uma ação relatada pelo ministro Ricardo Lewandowski, que examinou casos específicos de contratação do secretário municipal de Saúde, Elias de Souza, e do motorista em Água Nova (RN), Francisco de Souza. Ambos eram parentes de um vereador e vice-prefeito.

Quanto ao princípio da moralidade neste caso, o Mago não está nem ai! Na sua sapiência e de seu coletivo, admiti-se duas formas de nepotismo: uma perniciosa à vida da administração pública, por ser imoral ilegítima e ofensiva aos princípios constitucionais e outra perfeitamente lícita, compatível com tais princípios.

Só na cabeça de Mago é possível dividir o nepotismo em duas categorias opostas quanto ao conteúdo ético da conduta para classificá-lo em “o nepotismo que pode”, porque conforme à ética e ao direito e “nepotismo que não pode”, porque contrário à moral e à própria lei.

Nomear filhos, irmãos, cônjuges, pais e cunhados para os cargos do primeiro escalão da administração pública, além de ser uma prática covarde, apresenta um maior grau de imoralidade e de perniciosidade. Ao nomear “CORI”, que é membro do clã familiar dos Coutinhos em um cargo de provimento da EMLUR sem concurso público, além do seu caráter imoral, a ausência do requisito da impessoalidade na escolha, é a que mais profundamente ofende os princípios da eficiência e da igualdade.

A mesma prática repudiada fez Cássio Cunha Lima nomear o pai Ronaldo para secretaria extraordinária em Brasília.

É fato público e notório que o critério de escolha não é a capacidade, nem a aptidão para o trabalho, mas a identidade de sangue que corre nas veias do mandatário e de seus parentes protegidos. É como se ele dissesse que não existe ninguém mais competente, honesto e preparado que seu próprio parente.

Todos os dias lembro a frase do velho Clilson que morreu no dia 1º de maio de 2008.