4.000 FOI EXAGERO: Encontro das Oposições em Princesa Isabel contou com 500 pessoas

segunda-feira, 31 de maio de 2010

A oposição paraibana realizou neste sábado (29) o “V Encontro das Oposições”, na cidade de Princesa Isabel e divulgou, através de sua assessoria, que aproximadamente quatro mil pessoas compareceram ao evento realizado na AABB.

“Estima-se que cerca de quatro mil pessoas estiveram presentes a AABB, entre eles prefeitos, vereadores e lideranças sindicais de toda a microrregião da Serra de Teixeira e do Sertão paraibano”, foram as palavras da assessoria.

Mas, duvidar destes números não ofende, já que em todas as edições houve certo ‘exagero’ deles, seja na divulgação do quantitativo de populares ou de lideranças políticas presentes nestes eventos e principalmente, após tomarmos conhecimento que a AABB de Princesa Isabel, não suporta um público maior que 500 pessoas.

Para fazer o tira-teima, a redação do ClickPB resolveu consultar um especialista no método conhecido como “contagem de multidões”, já usado em várias capitais do país, para verificar, com precisão, o número exato de participantes em eventos e evitar a desinformação que pode conduzir a resultados não desejados, especulações ou mesmo a manipulações.

De acordo com informações da Consultoria, o número exato de pessoas presentes na AABB é de 336, bem inferior aos quatro mil divulgados pela organização do evento. A estimativa é científica, baseada nas fotos divulgadas. Fora do campo de visão fotográfica, o especialista revelou que na melhor das hipóteses, se chegou ao número de 500 participantes.

Para que os leitores entendam, esta contagem foi realizada da seguinte forma: cada rosto foi ampliado no Photoshop e atribuído a ele uma esfera colorida para facilitar na apuração exata do número de pessoas dentro do clube em Princesa Isabel, levando-se em consideração a obliquidade das fotos, pois as grandezas se deformam conforme a profundidade do plano apresentado na imagem devido ao efeito de perspectiva com um ponto de fuga no horizonte.

O consultor também utilizou o método de 3 pessoas/m², para taxas de ocupação típicas como essas, onde a densidade concentra um público na área intermediária da mancha. Note que há espaço que permite a passagem de pessoas e ainda é possível ver algumas áreas vazias.


Outro dado interessante e de fácil compreensão merece ser divulgado. Segundo o censo do IBGE, o município de Princesa Isabel possui 19.148 habitantes. Será que 20% da população da cidade estava disposta a comparecer ao evento da oposição, principalmente em um ambiente que não suporta mais de 500 pessoas?

Os números não mentem.

Ibope, Senado, cemitério!

msn: clilsonjr@hotmail.com
www.twitter.com/clilsonjr
Contato: (83) 8719-5662 / 9614-3801



A pesquisa Ibope, encomendada pela TV Cabo Branco, vem com cenários tenebrosos, onde sepulta todas as esperanças de Ricardo Coutinho de uma só vez.

Traduzindo os números em linguagem popular, esse retrato de hoje inviabiliza de vez a candidatura de Ricardo Coutinho e prova que a oposição errou, assim como fez em Campina Grande nas duas últimas eleições, na burra aposta de se unir em torno de um só nome.

Quem danado é Ricardo Coutinho para unir todas as oposições?

Maranhão conseguiu atrair forças de todos os partidos, enquanto o PSB de Ricardo se viu sem a possibilidade de arregimentar aliados fortes. Ricardo abandonou a única tábua de salvação que poderia manter alguma expectativa na disputa, ao resolver aliar-se com ditas forças rotuladas por ele de "antagônicas".

Que amava Ricardo Coutinho, jamais engoliu ou engolirá o discurso de ver seu ídolo da capital, ao lado de Democratas e pseudotucanos.

Para o eleitorado, ficou claro desde o início que a polarização ficou entre Cássio e Maranhão, sobrando para Ricardo o papel de coadjuvante da batalha. Ricardo depende de Cássio e hoje vê nesses números, quando comparado a primeira pesquisa do próprio IBOPE, dua imagem despencar abismo abaixo, ou seja, Cássio e Efraim não contribuíram em nada para RC, e se contribuíram de alguma forma, poderemos imaginar que sem eles, Ricardo obteria algo em torno de 18% no máximo.

Outra comprovação esta no fato que o todo poderoso da capital que atende pelo nome de Ricardo Coutinho, despencou vertiginosamente do real para intenção de votos, pois quando prefeito detinha 73% do eleitorado em números reais, hoje se vê com apenas 35% das intenções de voto.

O Ibope disse claramente hoje que não só a Paraíba, mas assombrosamente João Pessoa, não deseja Ricardo Coutinho como governador da Paraíba.

Com os números de hoje, outro fato pode ser algo desesperador para o minguado coletivo Girassol: Como alguém que jamais administrou o estado, leia-se Ricardo Coutinho,obteve 24% da rejeição dos paraibanos, enquanto Maranhão que governa a Paraíba a mais de 10 anos, beirou os 29% ? Conclui-se que pelos números de hoje, a Paraíba deseja ter o Maranhão IV, não desejando arriscar sua história com o dito novo (Ricardo) que nem os pessoenses querem mais?

No fim das contas, Cícero fez a diferença sem fazer um único pronunciamento de apoio a Zé, transferiu todo seu PIB eleitoral de uma só vez.

Deverá ser de insônia a noite de muita gente.

Ibope sepulta Ricardo Coutinho

sábado, 29 de maio de 2010

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A pesquisa Ibope, encomendada pela TV Cabo Branco, vem com cenários tenebrosos, onde sepulta todas as esperanças de Ricardo Coutinho de uma só vez.

Traduzindo os números em linguagem popular, esse retrato de hoje inviabiliza de vez a candidatura de Ricardo Coutinho e prova que a oposição errou, assim como fez em Campina Grande nas duas últimas eleições, na burra aposta de se unir em torno de um só nome.

Quem danado é Ricardo Coutinho para unir todas as oposições?

Maranhão conseguiu atrair forças de todos os partidos, enquanto o PSB de Ricardo se viu sem a possibilidade de arregimentar aliados fortes. Ricardo abandonou a única tábua de salvação que poderia manter alguma expectativa na disputa, ao resolver aliar-se com ditas forças rotuladas por ele de "antagônicas".

Que amava Ricardo Coutinho, jamais engoliu ou engolirá o discurso de ver seu ídolo da capital, ao lado de Democratas e pseudotucanos.

Para o eleitorado, ficou claro desde o início que a polarização ficou entre Cássio e Maranhão, sobrando para Ricardo o papel de coadjuvante da batalha. Ricardo depende de Cássio e hoje vê nesses números, quando comparado a primeira pesquisa do próprio IBOPE, dua imagem despencar abismo abaixo, ou seja, Cássio e Efraim não contribuíram em nada para RC, e se contribuíram de alguma forma, poderemos imaginar que sem eles, Ricardo obteria algo em torno de 18% no máximo.

Outra comprovação esta no fato que o todo poderoso da capital que atende pelo nome de Ricardo Coutinho, despencou vertiginosamente do real para intenção de votos, pois quando prefeito detinha 73% do eleitorado em números reais, hoje se vê com apenas 35% das intenções de voto.

O Ibope disse claramente hoje que não só a Paraíba, mas assombrosamente João Pessoa, não deseja Ricardo Coutinho como governador da Paraíba.

Com os números de hoje, outro fato pode ser algo desesperador para o minguado coletivo Girassol: Como alguém que jamais administrou o estado, leia-se Ricardo Coutinho,obteve 24% da rejeição dos paraibanos, enquanto Maranhão que governa a Paraíba a mais de 10 anos, beirou os 29% ? Conclui-se que pelos números de hoje, a Paraíba deseja ter o Maranhão IV, não desejando arriscar sua história com o dito novo (Ricardo) que nem os pessoenses querem mais?

No fim das contas, Cícero fez a diferença sem fazer um único pronunciamento de apoio a Zé, transferiu todo seu PIB eleitoral de uma só vez.

Deverá ser de insônia a noite de muita gente.

Efraim Morais x Fantasmas

O senador Efraim Morais passa por um linchamento antecipado. Efraim já está sentado no banco dos réus e a Globo quer porque quer ser o Juiz, a testemunha de acusação e o promotor do caso em uma série de reportagens exibidas nos últimos dias.

Efraim provando sua inocência, presenciaremos uma das maiores injustiça já cometida no país. As outras duas, também praticada pela Globo, me remete ao caso da Escola Base e a aquele outro caso que mãe que foi presa e acusada de ter colocado cocaína na mamadeira da filha, no interior de São Paulo.

O julgamento de Efraim toda noite é antecipado e transmitido pela tevê, para que todos possam acompanhar e formar opiniões sobre o fato. Convivo com três filhos, e quando saio para o trabalho, confesso que não sei, com toda honestidade, aonde e o quê eles podem está atuando. Minha certeza é que estão na aula, na escola.

Tomo como exemplo nossas casas, onde nem eu, nem você, temos o total controle das coisas que acontecem. Imagina em um gabinete no Senado?

Todo assessor é antes de tudo, alguém que goza da confiança, seja de Efraim, do deputado Damião Feliciano ou do vereador Bira em João Pessoa.

Também não tenho a intenção de proteger Efraim Morais, ou qualquer outro, mas na Constituição Federal reza que ninguém será considerado culpado antes de uma sentença penal transitada em julgado ( art. 5º, LVII ) e que a todos é assegurado o direito ao contraditório e a ampla defesa ( art. 5º, LV ), porém, a nosso ver parece que estes artigos são constantemente esquecidos.

Acho que Efraim Morais deveria ocupar os espaços e partir para sua defesa, urgente, pois se absolvido, quem irá se lembrar que o culpado de toda tramoia foi a tal assessoria?

Penso assim e uso esse "meu espaço" Isso aqui é uma coluna de opinião.

Eu acredito no delegado Allan Murillo Terruel



Novamente tenho acompanhado através da imprensa toda essa chuva de denúncias contra o jovem delegado Allan Murillo Terruel, e antes de partir para qualquer arrodeio jornalístico digo de peito lavado e coração aberto, não para fazer jogo de cena nem querer emplacar um simples gesto de solidariedade, eu acredito na inocência do delegado que vem sendo acusado pelo defensor público de Sapé, Fernando Enéas.

Quem é Fernando Enéas? Quais os interesses feridos para atacar ferozmente um inteligente e aguerrido delegado concursado da Polícia Civil da Paraíba? Fernando Enéas sabe muito bem que o delegado não é pai biológico de menino algum, por um simples motivo: Enéas tomou conhecimento de um exame DNA feito pelo jovem delegado, isentando de qualquer paternidade, mesmo assim, procurou a imprensa para fazer esse sensacionalismo esnobe, acusando o delegado por crime de pedofilia, depois daquela operação Quark, que prendeu mais de quarenta pessoas e 4,5 quilos de crack.

Para quem não lembra, esse delegado feriu muitos interesses em Sapé no ano de 2007, terrinha onde atua o defensor público. Allan desbaratou por lá uma rede de pedofilia que só tinhas pessoas (canalhas) importantes.

Na época foram presos o comerciante Moacir Viegas Filho, acusado do crime de corrupção de menores e a doméstica Lúcia de Fátima Silva de Carvalho, denunciada por submeter criança ou adolescente à prostituição e exploração sexual. Essa última é a mãe da estudante Danyelle Silva, que foi denunciada por agenciar e aliciar menores para a prostituição e que também teve a prisão preventiva decretada.

Lembro que foram pedidas as prisões preventivas do Presidente da Câmara Municipal de Sapé, Antônio João Adolfo Leôncio, o Vereador Robson Guedes Vasconcelos, os empresários Erinaldo Francisco do Nascimento, proprietário do motel “Pousada Happy Day” e Romildo Martins dos Santos, dono do motel “Pousada Paraty”, todos de Sapé.

A promotora de Justiça de Sapé, Fabiana Lobo, disse durante a investigação que as crianças envolvidas na Rede de Prostituição, e que haviam prestado depoimentos ao delegado Allan Murillo, durante as investigações do caso, pediram ajuda à Polícia Civil da cidade, pois estavam sendo perseguidas por um carro preto.

Quando digo que tenho motivos de sobra para defender alguém que nem de vista conheço, é que sempre me vem o medo de errar por antecipação. Esse defensor público deve ter adorado se antecipar as investigações. Alguém que de forma gratuita busca a imprensa para denunciar alguém, motivado talvez por inveja ou outros motivos que todos tomarão conhecimento, não agiu com responsabilidade, deve ter interesses feridos sim.

Sou solidário ao delegado Allan por um simples motivo. Odeio injustiça e espero que ele prove todas as acusações que pairam contra sua pessoa por este defensor público que age de forma desequilibrada.

Sou solidário por antecipação, por precaução. Sempre lembro em casos semelhantes a este, onde duas paulistas, Lúcia e Cléa Parente, duas mães de alunos que prestaram queixa que seus filhos de quatro e cinco anos estavam sendo molestados sexualmente na Escola de Base.

O delegado-desgraçado Edélcio Lemos transformou a denúncia como fato provado. Neste caso da Escola de Base a mídia “espetacularizou” a denúncia, e depois assumiu as acusações como verdade provada e fechou os olhos para os acusados. A suposta denúncia das mães se transformormou em notícia verdadeira de primeira página, em jornais e revistas. Dava um frio na barriga ao descobrir a suspeita de pornografia com crianças. Mas era só notícia. O Filme ainda está gravado na minha memória. No final do inquérito os acusados foram declarados inocentes, mas as manchetes condenaram antes:

“Perua escolar carregava crianças para orgia”, Folha da Tarde.




“Kombi era motel na escolinha do sexo” Notícias Populares.

“Escola de horrores” decretou a revista Veja.

Além de Allan Murillo, fiquei solidário com Weick, com o delegado paraibano Walter Brandão, que no início de 2008 me deparei com uma manchete do Jornal do Commercio de Pernambuco com a seguinte chamada: “Escuta compromete delegado Walter Brandão do caso Manoel Matos”.

A matéria revelava e condenava “um suposto esquema” de liberação ilegal de traficantes que atuam na Grande João Pessoa, pela Delegacia de Repressão e Entorpecentes em João Pessoa, quem tem Walter Brandão como delegado. Até hoje nada foi comprovado contra Walter Brandão.

Por alguns minutos, passou novamente o filme, que me transformou em doente terminal da chamada “Síndrome da Escola de Base”. Quando o assunto é acusar alguém diante da inexistência de provas concretas, não me chame não viu. Com provas eu entro sem medo até contra o Barack Obama.

Com Allan Murillo, acredito na sua inocência até que todas as provas que apareça (que acho difícil aparecer) me provem o contrário.

Fico ao lado do delegado e de todos que sofrem acusações sem ao menos terem o direito da defesa.

Lembrai-vos da Escola de Base.

Tudo isso têm me ajudado a errar menos.

Acho bom buscar a história deste defensor que agora acusa, quem sabe, encontraremos o fio da meada para tantas acusações.

Fabiano Nascimento comenta as "Fantasmas do Senado"

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Fabiano Nascimento fala sobre os fantasmas de Efraim Morais ?

Mestre em filosofia popular, Fabiano Nascimento nasceu em Curral de Cima, Paraíba.

Porque existem pobres no mundo?

Fabiano Nascimento, explica:



Mestre em filosofia popular, Fabiano Nascimento nasceu em Curral de Cima, Paraíba.

A arrogância de Cássio

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Feito menino, feito adolescente, de forma arrogante. Assim age Cássio.

Cheio de ódio, o ex-governador Cássio Cunha Lima se comporta publicamente, de quando em quando, como um moleque, um menino traquino. Tem prazer enorme em humilhar as pessoas, principalmente, quando essa humilhação é feita na frente dos holofotes, dos microfones. Tem alguma coisa que alimenta essa imbecilidade.

Vou dizer uma coisa. Urgentemente, Cássio precisa de um médico, um psiquiatra. O que ele fez com Nilvan Ferreira durante entrevista na tarde de ontem é uma coisa inconcebível. Um cidadão que se comporta desta forma, com tanto ódio, não merece ser mais nada nessa vida. Feito um louco, do nada, ele agrediu de forma vil e covarde, o profissional Nilvan Ferreira.

Além do assédio moral, praticado na frente do dono da emissora, Cassado Cunha Lima praticou outro gesto de tamanha pequenez, mesquinharia, estreiteza, baixeza, que só mesmo nanicos como ele, de forma ridícula, poderia se utilizar publicamente: “Contribuí com sua vinda para João Pessoa, tenho consciência disso, acho que você sabe disso”, registrou.

O mínimo que ele (Cássio) poderia fazer hoje era pedir desculpas publicamente a Nilvan Ferreira, mas não podemos esperar um gesto de grandeza de um mimado que ultimamente briga até com vento, mês passado bateu boca comigo (trocou farpas) via Twitter. Ex-prefeito, ex-governador, ex-deputado... Não condiz com um cidadão que deseja ser senador e vem agindo de forma emocional.

Nunca lhe fiz um telefonema, pergunte a João [Gregório] se eu já fiz algum pedido pela sua cabeça”, revelou Cássio ao vivo.


Sete anos sem Tarcísio Burity

terça-feira, 25 de maio de 2010


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No próximo dia 8 de julho, a Paraíba deverá comemorar o aniversário de morte do ex-governador Tarcísio Burity. Com certeza haverá dezenas de justas homenagens, missas, notas. Entre todas as que já li, prefiro do Tião Lucena, escrita no 1º aniversário.

Governador por 2 vezes, em 1982 recebeu a maior votação consagradora para deputado federal: 170 mil votos. Agora feche os olhos e lembre-se: Burity foi o idealizador e responsável pela construção do Mercado de Artesanato da Paraíba, do Centro Turístico, da via litorânea de Intermares, do Hemocentro da Paraíba, do Terminal Rodoviário de João Pessoa, do espaço Cultural e da minha nação, minha cidade, Mangabeira.

Terminou há pouco a missa que marcou o primeiro ano da morte de Tarcisio Burity.

Juro que, quando me dirigi à igreja, tive medo de encontrá-la vazia, pois sempre acontece isso aqui na Paraíba: o morto é chorado por centenas nas primeiras semanas do seu adeus, mas quando o tempo passa apenas a família e alguns amigos mais chegados se atrevem a lembrar dele.

Depois vi que o medo não tinha razão de ser. A igreja do Mosteiro de São Bento ficou pequena para receber tanta gente. Tinha autoridades, tinha gente do povo, tinha pobre e tinha rico. Faltou cadeira para acolher a todos. A mulher do ex-deputado Assis Camelo, que foi ao cabeleireiro antes de ir à missa, assistiu ao culto religioso de pé porque chegou atrasada.

Todos ali sentiam a mesma coisa: saudade. Muita saudade. Ele partiu há um ano e parecia que tinha sido ontem. Ainda via-se nos olhos do povo humilde as lágrimas querendo surgir como denúncia da surpresa pela notícia que ninguém esperava. Ainda via-se o jeito de incredulidade emoldurando faces e emoções.
Havia somente uma diferença na cerimônia de hoje: a absoluta ausência daqueles que choram lágrimas de crocodilo para tirar vantagem da dor dos outros. Esses não estavam lá, não precisavam mais da platéia emocionada para se fazerem solidários de mentirinha. Presentes apenas os amigos, os verdadeiros amigos, sem títulos políticos, sem diplomas de Assembléias, de Senado ou de Governos. Só o diploma da amizade sincera, preenchido com as letras da saudade e emoldurado pelas doces lembranças que fazem morada no coração que ama para nunca mais ir embora.

Abracei dona Glauce, a viúva. Cumprimentei os filhos. Dei abraços de saudades nos amigos do peito Gonzaga Rodrigues, Murilo Bernardo, Martinho Moreira Franco, Manoel Sales Sobrinho, Aramis, Rivaldo Dutra, Chico e Neto Franca, Nau dos Anjos, Marizete Fernandes, Deusimar, Maria, Arimatéia, Amilca, João Pedro, Mazureike Morais, Júlio Aurélio Coutinho, Toncá, Cleanto Gomes, Marcus Odilon, Antonio Carlos Escorel, Severino Ramos e inúmeros outros que citar aqui não dá por absoluta falta de espaço.

Voltei para casa com a certeza de que os bons, aqueles que somente plantaram o bem, jamais serão esquecidos.

Burity, lá no céu onde se encontra, está feliz e fazendo o possível para tirar do nosso peito esta dor que ainda dói por causa da sua falta.

Tião Lucena

Arte cu da jia!

domingo, 9 de maio de 2010

Para quem acha feia ou bonita as obras de artes espalhadas pela cidade de João Pessoa é preciso escutar "Bienal"de Zeca Baleiro.

Bienal
Zeca Baleiro
Composição: Zeca Baleiro / Zé Ramalho

Desmaterializando a obra de arte do fim do milênio
Faço um quadro com moléculas de hidrogênio
Fios de pentelho de um velho armênio
Cuspe de mosca, pão dormido, asa de barata torta

Meu conceito parece, à primeira vista,
Um barrococó figurativo neo-expressionista
Com pitadas de arte nouveau pós-surrealista
calcado da revalorização da natureza morta

Minha mãe certa vez disse-me um dia,
Vendo minha obra exposta na galeria,
"Meu filho, isso é mais estranho que o cu da jia
E muito mais feio que um hipopótamo insone"

Pra entender um trabalho tão moderno
É preciso ler o segundo caderno,
Calcular o produto bruto interno,
Multiplicar pelo valor das contas de água, luz e telefone,
Rodopiando na fúria do ciclone,
Reinvento o céu e o inferno

Minha mãe não entendeu o subtexto
Da arte desmaterializada no presente contexto
Reciclando o lixo lá do cesto
Chego a um resultado estético bacana

Com a graça de Deus e Basquiat
Nova York, me espere que eu vou já
Picharei com dendê de vatapá
Uma psicodélica baiana

Misturarei anáguas de viúva
Com tampinhas de pepsi e fanta uva
Um penico com água da última chuva,
Ampolas de injeção de penicilina

Desmaterializando a matéria
Com a arte pulsando na artéria
Boto fogo no gelo da Sibéria
Faço até cair neve em Teresina
Com o clarão do raio da silibrina
Desintegro o poder da bactéria

Com o clarão do raio da silibrina
Desintegro o poder da bactéria


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Desistir é coisa de covarde?

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Certo dia fui até a casa do senador Cícero Lucena no Bessa. Naquela mesa da cozinha perguntei na frente de Lauremília, se aquilo tudo não passava de um jogo combinado entre o senador e Cássio Cunha Lima para dividir a situação, tendo em vista que Ricardo Coutinho, vinha de união estável nos últimos seis anos com José Maranhão e diante da possibilidade de uma chapa formada por Maranhão/Vené/Ricardo, não restaria outra saída para a oposição, senão, declarar o jogo de outubro como “W X O”.

Deixa-me explicar. Quando Cássio jogou bola de gude com óleo diesel para Cícero patinar, eu achava que aquilo era um jogo de cena de raposas velhas para fabricar um suposto racha e atrai Ricardo, para depois fragilizado, só jogá-lo na lata do lixo do esquecimento. Daí minha pergunta ao senador se não era jogo de cena.

A resposta que tive, olhando olho no olho, foi um não bem redondo acompanhado de um pode confiar em mim. Confiei sim. E continuo confiando. Daí que não acredito na remota possibilidade de desistência, tão plantada e anunciada, que o senador deverá tomar, com data anunciada para a próxima sexta feira.

Não tenho relação de trabalho com Cícero, nem tão pouco de assessor, pois nunca fui. Tenho apenas respeito, pois sempre fui respeitado, podendo assim afirmar que a recíproca até hoje, foi verdadeira.

Cícero desistindo seria um ato de covardia, um papelão. Porque não fez isso no início desta crise?

Não acredito em hipótese alguma que nesta sexta-feira Cícero tome a iniciativa de anunciar que vai desistir para ajudar Serra. Como ajudará Serra, deixando a Paraíba sem palanque? Quem do PSDB nacional confia em Cássio Cunha Lima? A retórica de Cássio nas ultimas eleições presidenciais foi registrada por traições. Cícero não vai desistir. E se desistir, quero encontrá-lo cara a cara para dizer apenas a seguinte frase do escritor americano Norman Vincent Peale:

O covarde nunca começa, o fracassado nunca termina, o vencedor nunca desiste”.

Meu Pai

sábado, 1 de maio de 2010

Meu Pai sempre foi meu super-herói, sabe? Apesar de dizer que não, ele sempre fingia ser forte perante os filhos.


De aço. Inquebrável e intocável. E por mais que a gente negue, cai no conto direitinho. Até que, belo dia, o conto se quebra. E é algo totalmente assustador.

Foi um baque e eu fiquei sem chão!


Ele, meu homem de aço, ali, magro, esquálido, prontinho para sua última viagem.
Ele quem me disse pra nunca perder a Tramontana.
Ele quem me ensinou a construir a minha primeira pipa.
É duro perder uma tia, uma prima, um amigo, mas perder o pai é diferente!

Hoje faz dois anos que ele se foi e não poderia deixar de dizer mais uma vez:
Ninguém te ama como eu!

Obrigado Pai por ter participado da história da minha vida!

JOSÉ CLILSON DE LIMA
*25/10/1942
+30/04/2008