A Paraíba inaugura, com o desenlace da reunião do PSDB, uma nova forma de rompimento. Um rompimento sem brigas públicas, nem confinamento de convencionais.
Não é difícil compreender, pelo desfecho desta histórica sexta-feira, que Cássio e Cícero a partir de agora estarão rumando para lados diferentes, apesar de terem mantido, publicamente, as aparências.
Não fosse assim, Cássio teria, novamente, saído da reunião carregando Cícero pelos braços e bradando: “Eis o nosso governador!!!”. Não fosse assado, Cícero teria saído da reunião alegando que estaria renunciando a candidatura em nome do grupo.
É certo que “Cição” mostrou força interna no PSDB. Tanto nacional como regionalmente. Quando todo mundo achava que ele ficaria isolado diante da “onda Ricardo”, ele disse quem mandava.
Só que política, como tudo na vida, tem dois lados. Ora, se o objetivo de Cícero era o de vencer Cássio partidariamente, ele venceu. Se for tê-lo como aliado, Cícero perdeu.
E por uma questão muito óbvia: o senador negou a presidência do PSDB paraibano ao ex-governador, mesmo querendo o apoio a todo custo. É como se dissesse: “Cássio, você me serve pra isso, mas não me serve pra aquilo”.
Não seria isso, no caso, uma relação de exploração?
Para Cássio, foi.
Por isso que o ex-governador, diante da exigência do PSDB Nacional em manter candidatura própria na Paraíba, não tem outra saída senão a de deixar o partido.
Como se quisesse dizer a Cícero que para conquistar apoios não basta controlar legendas. Mas convencer aliados.
Luiz Tôrres
Não é difícil compreender, pelo desfecho desta histórica sexta-feira, que Cássio e Cícero a partir de agora estarão rumando para lados diferentes, apesar de terem mantido, publicamente, as aparências.
Não fosse assim, Cássio teria, novamente, saído da reunião carregando Cícero pelos braços e bradando: “Eis o nosso governador!!!”. Não fosse assado, Cícero teria saído da reunião alegando que estaria renunciando a candidatura em nome do grupo.
É certo que “Cição” mostrou força interna no PSDB. Tanto nacional como regionalmente. Quando todo mundo achava que ele ficaria isolado diante da “onda Ricardo”, ele disse quem mandava.
Só que política, como tudo na vida, tem dois lados. Ora, se o objetivo de Cícero era o de vencer Cássio partidariamente, ele venceu. Se for tê-lo como aliado, Cícero perdeu.
E por uma questão muito óbvia: o senador negou a presidência do PSDB paraibano ao ex-governador, mesmo querendo o apoio a todo custo. É como se dissesse: “Cássio, você me serve pra isso, mas não me serve pra aquilo”.
Não seria isso, no caso, uma relação de exploração?
Para Cássio, foi.
Por isso que o ex-governador, diante da exigência do PSDB Nacional em manter candidatura própria na Paraíba, não tem outra saída senão a de deixar o partido.
Como se quisesse dizer a Cícero que para conquistar apoios não basta controlar legendas. Mas convencer aliados.
Luiz Tôrres