OFÍCIO 1317/2008 - ROSEANA MEIRA COMUNICA O DESLIGAMENTO DOS MÉDICOS
"Clique na imagem para ampliar"
"Clique na imagem para ampliar"
"Médicos deixam Maternidades Cândida Vargas e Santa Maria a partir do dia 1º de junho"
A partir do dia 1º de junho, as maternidades “Cândida Vargas” e “Santa Maria” não contarão mais com serviços médicos prestados por obstetras e ginecologistas contratados através da Cooperativa médica. A saída dos profissionais é consequência da demissão anunciada através deste documento exclusivo que o Blog do Clilson teve acesso. Trata-se de um aviso frio encaminhado pela secretária municipal de saúde, Roseana Meira no último dia 16, onde determina a rescisão dos contratos com o governo municipal neste dia 31.
Se não houver um acordo até lá, essas duas maternidades ficarão sem profissionais médicos de mão de obra qualificada. De acordo com a presidenta da COOPAGIO-PB, Drª Yara Villar Carvalho, o atendimento especializado de urgência e emergência de gestantes será gravemente prejudicado a partir do dia 1º de Junho. “Estamos bastante preocupados. Não sei como a população vai ficar a partir de Junho. Os obstetras e ginecologistas das Maternidade Cândida Vargas e Santa Maria, que são os grandes responsáveis pelos atendimentos especializados da grande João Pessoa, estão sendo desligados pelo governo municipal e não sabemos o que pode acontecer." ressaltou a médica.
Ela explicou que é necessário que o prefeito Ricardo Coutinho e a Secretária da Saúde do Município de João Pessoa se reúnam e cheguem a um consenso para se evitar uma situação caótica: “A grande questão é que, até agora, nenhuma das autoridades competentes se pronunciou para resolver a situação”, completou Drª Yara Vilar.
Drª Yara avisa que a cooperativa médica foi legalmente contratada com base na Constituição Federal e nas orientações do Ministério da Saúde. “Não entendemos como uma questão que necessita de um debate jurídico mais amplo poderá subitamente penalizar a população mais carente que nessecita parir seus filhos nas maternidades públicas e os médicos que querem trabalhar” . Desabafou.
O Blog do Clilson conversou com uma médica que presta serviço a prefeitura de João Pessoa desde 1995 na maternidade Santa Maria em Mangabeira, e que foi demitida por este ato. A Drª XXX, que prefere não se identificar desabafou:
“ Temos assistido a alguns anos a deterioração de um sistema e modelo de saúde já inadequado e falido, que tem levado a nós médicos sacrifícios extremos no exercício de nossa profissão, com reflexos danosos e imediatos sobre a população usuária de nossos serviços. Nossos hospitais e maternidades estão trabalhando com uma sobrecarga de atividades que inviabiliza um atendimento digno e seguro às pessoas que os procuram. O resultado é uma medicina de baixo padrão e alto risco para pacientes e profissionais aliado a baixa remuneração e a falta de treinamento das equipes torna o quadro ainda mais dramático. Queremos deixar claro o caos onde estamos trabalhando; salas de espera superlotadas, pacientes e familiares aflitos, pré-partos e enfermarias com capacidades esgotadas, pacientes em macas e cadeiras, profissionais sobrecarregados, estressados e cansados, uma verdadeira batalha e um caos generalizado que põem em risco pacientes e profissionais por motivos óbvios. Além disto,continuamos a assistir a chegada a nossos serviços de ambulâncias lotadas de pacientes de cidades circunvizinhas, do interior e até de outros estados cujos agentes políticos ao invés de investirem em salários e condições de trabalho para os profissionais de saúde de seus municípios, preferem a pratica desumana e demagógica da "ambulancioterapia" o que nos sobrecarrega ainda mais."
Somente a maternidade Cândida Vargas neste mês de maio deverá registrar 900 partos. Sozinha ela atende a 80 cidades da Paraíba, Rio Grande do Norte e Pernambuco. Com a demissão deste 74 médicos o sistema deverá entrar em colapso.
A partir do dia 1º de junho, as maternidades “Cândida Vargas” e “Santa Maria” não contarão mais com serviços médicos prestados por obstetras e ginecologistas contratados através da Cooperativa médica. A saída dos profissionais é consequência da demissão anunciada através deste documento exclusivo que o Blog do Clilson teve acesso. Trata-se de um aviso frio encaminhado pela secretária municipal de saúde, Roseana Meira no último dia 16, onde determina a rescisão dos contratos com o governo municipal neste dia 31.
Se não houver um acordo até lá, essas duas maternidades ficarão sem profissionais médicos de mão de obra qualificada. De acordo com a presidenta da COOPAGIO-PB, Drª Yara Villar Carvalho, o atendimento especializado de urgência e emergência de gestantes será gravemente prejudicado a partir do dia 1º de Junho. “Estamos bastante preocupados. Não sei como a população vai ficar a partir de Junho. Os obstetras e ginecologistas das Maternidade Cândida Vargas e Santa Maria, que são os grandes responsáveis pelos atendimentos especializados da grande João Pessoa, estão sendo desligados pelo governo municipal e não sabemos o que pode acontecer." ressaltou a médica.
Ela explicou que é necessário que o prefeito Ricardo Coutinho e a Secretária da Saúde do Município de João Pessoa se reúnam e cheguem a um consenso para se evitar uma situação caótica: “A grande questão é que, até agora, nenhuma das autoridades competentes se pronunciou para resolver a situação”, completou Drª Yara Vilar.
Drª Yara avisa que a cooperativa médica foi legalmente contratada com base na Constituição Federal e nas orientações do Ministério da Saúde. “Não entendemos como uma questão que necessita de um debate jurídico mais amplo poderá subitamente penalizar a população mais carente que nessecita parir seus filhos nas maternidades públicas e os médicos que querem trabalhar” . Desabafou.
O Blog do Clilson conversou com uma médica que presta serviço a prefeitura de João Pessoa desde 1995 na maternidade Santa Maria em Mangabeira, e que foi demitida por este ato. A Drª XXX, que prefere não se identificar desabafou:
“ Temos assistido a alguns anos a deterioração de um sistema e modelo de saúde já inadequado e falido, que tem levado a nós médicos sacrifícios extremos no exercício de nossa profissão, com reflexos danosos e imediatos sobre a população usuária de nossos serviços. Nossos hospitais e maternidades estão trabalhando com uma sobrecarga de atividades que inviabiliza um atendimento digno e seguro às pessoas que os procuram. O resultado é uma medicina de baixo padrão e alto risco para pacientes e profissionais aliado a baixa remuneração e a falta de treinamento das equipes torna o quadro ainda mais dramático. Queremos deixar claro o caos onde estamos trabalhando; salas de espera superlotadas, pacientes e familiares aflitos, pré-partos e enfermarias com capacidades esgotadas, pacientes em macas e cadeiras, profissionais sobrecarregados, estressados e cansados, uma verdadeira batalha e um caos generalizado que põem em risco pacientes e profissionais por motivos óbvios. Além disto,continuamos a assistir a chegada a nossos serviços de ambulâncias lotadas de pacientes de cidades circunvizinhas, do interior e até de outros estados cujos agentes políticos ao invés de investirem em salários e condições de trabalho para os profissionais de saúde de seus municípios, preferem a pratica desumana e demagógica da "ambulancioterapia" o que nos sobrecarrega ainda mais."
Somente a maternidade Cândida Vargas neste mês de maio deverá registrar 900 partos. Sozinha ela atende a 80 cidades da Paraíba, Rio Grande do Norte e Pernambuco. Com a demissão deste 74 médicos o sistema deverá entrar em colapso.
Este material pode ser reproduzido parcialmente e/ou integralmente desde que citado o Blog como fonte. Você também pode ser fonte do Blog do Clilson, entre em contato conosco pelo e-mail clilsonjr@gmail.com ou pelo fone: (83)8849-5662.