Jamais faria texto algum para jogar para galera quando o tema é invasão da orla. Sou contra essa ocupação desordenada e ponto inicial. Essa história do Bessa é conversa para boi dormir mesmo. Diga-me pelo amor de Deus aonde existe “Barraqueiros” no Bessa”?
Sempre fui contra a expulsão de donos de fiteiros praticada por Ricardo Coutinho em toda João Pessoa, fato que lhe rendeu o nome de "Ricardo Quebra Barracas", mas o Bessa amigo velho, não tem nada de Barracas nem Barraqueiros.
Acho sim vergonhoso que essas ditas “barracas” permaneçam loteando o mais público dos espaços: a areia. Aliás, para ser justa, a prefeitura deveria liberar alvarás para a implantação de lojas comerciais, magazines e shoppings nas areias do Bessa, afinal, por que o privilégio se restringe aos bares? Se for para anarquizar em nome do trabalho, vamos transformar o Bessa em comércio e serviços na praia.
Ironia por ironia vamos lutar para que o privilégio seja socializado a diversos segmentos. A praia é espaço público por excelência e não pode ter em suas areias qualquer empreendimento privado. Acho uma vergonha também o Hotel Tambaú e aquele estacionamento em área invadida e explorada por um companheiro petista.
Defendo a construção de pequenos quiosques com cadeiras nas calçadas, jamais na areia, pois o viés ecológico e urbanista que se mostra contrário a essa ocupação é o que existe de mais legítimo nesse debate. Não entendo como vereadores se omitem a esse debate.
Não me venham com essa história de geração de alguns poucos empregos em detrimento do saneamento, do visual e de uma orla democrática. Estou falando das areias do Bessa.
Temos a obrigação de evitar a favelização das praias de João Pessoa, para que a praia não se transforme num bar.
Por outro lado, posso afirmar que “Ricardo Quebra Barracas” não está nem aí para esse debate, ao orientar e impedir uma sessão especial na Câmara Municipal de João Pessoa. Foi-se o tempo que o Mago comemorava seu aniversário na Palhoça da Morena, a última barraca da Praia do Cabo Branco. A praia de Ricardo agora é outra!