Diz o seguinte a cartilha: “Maconha. Se você é usuário de maconha, é bom andar com um vidrinho de colírio, porque ela costuma deixar o olho meio vermelho; para tirar o bafo, beba bastante água ou, senão, uma vodca”.
Essa é a cartilha do Ministério da Saúde! E há mais: “Se você é usuário de cocaína, não use nota de dinheiro para cheirar cocaína, use um canudinho, desses que há nos bares, que são mais higiênicos. E não manipule a cocaína com sua mão, que pode estar com algum micróbio, com alguma bactéria”.
É o que diz o Ministério da Saúde! Em nenhum momento, é dito “não use cocaína, a cocaína faz mal e vicia, a cocaína financia os crimes e as armas que matam os inocentes nos morros do Rio, de Vitória, de Porto Alegre, de todo o Brasil”. Em nenhum momento, a cartilha diz isso.
Quanto ao crack, diz: “Ah! Se você é usuário de crack, você tem de beber muita água após consumir crack, bastante água mesmo, e também tem de se alimentar bem antes e depois do consumo de crack”.
Essa é a cartilha do Ministério da Saúde! E há mais: “Se você é usuário de cocaína, não use nota de dinheiro para cheirar cocaína, use um canudinho, desses que há nos bares, que são mais higiênicos. E não manipule a cocaína com sua mão, que pode estar com algum micróbio, com alguma bactéria”.
É o que diz o Ministério da Saúde! Em nenhum momento, é dito “não use cocaína, a cocaína faz mal e vicia, a cocaína financia os crimes e as armas que matam os inocentes nos morros do Rio, de Vitória, de Porto Alegre, de todo o Brasil”. Em nenhum momento, a cartilha diz isso.
Quanto ao crack, diz: “Ah! Se você é usuário de crack, você tem de beber muita água após consumir crack, bastante água mesmo, e também tem de se alimentar bem antes e depois do consumo de crack”.
Ensina como se faz. E, quanto ao ecstasy, recomenda fazer uso de bastante bebida isotônica antes e depois de a pessoa consumir a droga.
Algumas frases usadas referentes ao uso de drogas
Ao usar drogas aspiradas – cocaína:
- evite compartilhar canudos;
- evite preparar a droga com cartões eletrônicos ou cartões que soltem tinta;
- coloque a droga sobre superfícies limpas;
- não coloque canudo dentro do nariz e
- evite usar notas de dinheiro
Ao usar drogas injetáveis - não compartilhe
- agulhas e seringas;
- algodão para limpeza;
- frascos de anabolizantes;
- frascos de diluição de água.
Ao usar crack
- evite latas prefira copos de plástico;
- evite compartilhar piteiras e cachimbos;
- procure usar protetor labial e
- se usar piteiras e cachimbos prefira os de madeira ou de vidro.
Ao usar álcool
- evite usar sozinho e
– beba água, antes, durante e depois
Ao usar ecstasy
- beba muita água;
- faça reposição hidroeletrolítica com sucos, bebidas isotônicas, etc e
- conheça o fornecedor para não comprar gato por lebre.
Ao usar cigarros
- evite o uso de cigarros de “baixo teores”.
Na parte que aborda sobre os cuidados com a droga ecstasy encontramos a seguinte recomendação: “Conheça o fornecedor para não comprar gato por lebre”, esta frase induz o usuário, ou quem tiver interesse em adquirir a droga, a manter uma relação estreita e de confiança com o traficante. Esta infeliz recomendação pode induzir a uma associação ao crime organizado.
Sobre o Ministério da Saúde, outras cartilhas existem, pois esse não é o único material publicado. Em de 2004 a Cartilha SER TRAVESTI foi alvo de críticas e protestos pelo conteúdo pornográfico. Uma das frases daquele material educativo que consta na página 9:
“Na hora da dedada, também use a camisinha. A ação será mais confortável e não há riscos da sua unha causar feridas no ânus do seu parceiro”
Disseram no Ministério que essa é a maneira de evitar um dano maior. A maneira de evitar um dano maior é combater o traficante, colocar o traficante na cadeia, apreender a cocaína que roda, tomar as armas dos traficantes, colocar na cadeia esse monte de gente que está destruindo a juventude brasileira. Essa é a maneira de evitar danos. Mas o Ministério da Saúde fazer uma cartilha ensinando como se usa a droga?! Não acredito nisso!
Quem não gostou foi o senador Gerson Camata (PMDB-ES) que criticou a edição de uma cartilha, pelo Ministério da Saúde, intitulada "O álcool e outras drogas alteram seus sentidos, mas não afetam seus direitos no serviço de saúde", com orientações para o consumo de maconha, crack, cocaína e ecstasy.
- Vou requerer ao Tribunal de Contas da União que informe se é lícito usar dinheiro público para ensinar a usar cocaína, crack, maconha.