O pior em um infrator às vezes não é o crime que cometeu, mas a cara de pau de sustentar diante dos holofotes da hipermídia uma versão que nem a mãe do cara acredita. Vejam o caso do cheque que implodiu a campanha de Veneziano em Campina Grande, por exemplo. Numa operação rocambolesca o staff político/financeiro do prefeito, sob o comando do suspeitíssimo deputado federal Vital Filho, resolveu fazer uma transfusão de numerário da área publica para a privada, onde delituosamente deixaram um rastro de dejetos. Primeiro, escolheram a Construtora Maranata de Heraldo Boa Noite para retornar o bumerangue, ou o estorno numa linguagem mais técnica. E o segundo vacilo foi estornar os 50 mil reais na mesma hora via contas dos auxiliares, a exemplo do petista Tico Lira. Roubo, desvio de conduta, crime eleitoral, gatunagem. Veneziano já foi acusado pelo Ministério Publico de comandar uma quadrilha. Defendeu-se, argüiu a suspeição da promotora Janete Ismael, mas vestiu a carapuça quando foi flagrado sangrando os cofres da PMCG. Se foi capaz de autorizar by passe de 50 mil reais, com certeza sujou as mãos com muito mais. Lembro-me agora das desculpinhas ingênuas(?) do secretário de Finanças Wanderlei Medeiros de que havia vários erros de digitação nos empenhos lançados no sistema Sagres on-line do TCE. O cheque confiado a Heraldo Boa Noite mudou tudo e se faz necessário uma auditoria urgente na prefeitura. Veneziano chafurda na lama, pois os depoimentos dos bancários são acima de qualquer suspeita e leva-o à nocaute no segundo round. Óleo de peroba nele!
Blog do Dércio
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